O presidente Lula diz que não há crise no PT e debocha da oposição, seja dos esforços pela investigação das malandragens do presidente do Senado, José Sarney (PMDB/AP), seja por causa da certeza que afirma ter sobre a eleição de sua candidata Dilma Roussef.
Coisa pra inglês ver, pois, nos bastidores de Brasília, o governo já faz projeções e analisa com frios na barriga os riscos potenciais da candidatura Marina Silva à presidência da República. E eis o que os estratgistas de Lula mais temem: ver a ex-ministra ao lado do PSDB num eventual segundo turno contra Dilma Rousseff.
Marina embarca no Partido Verde no próximo dia 30, aumentando as altas cotações de que está de corpo e mente na disputa de 2010.
"Ela ou deve ser oposição ou independente no segundo turno", disse uma fonte do governo bastante próxima ao presidente. "Acho difícil ela apoiar a Dilma", completou a fonte, sob condição do anonimato. Seus passos sugerem que, ao menos no primeiro turno, ela não seria oposição, nem governo.
O perigo que Marina encarna para o Planalto neste momento está menos nos votos que ela pode tomar de Dilma e mais em uma aproximação de ocasião com os tucanos. Tudo dependerá do discurso dos candidatos pólo sobre desenvolvimento sustentável.
"Quem achar que a esquerda se alinhará automaticamente com o PT está muito enganado", disse à Reuters o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ex-ministro do governo Lula cujo partido está no arco de sustentação do presidente, mas com uma extensa lista de defecções locais.
Fonte: Reuters e redação do blog
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