Vítimas de seus próprios erros, dirigentes nacionais do PT partem para o bate boca público, principalmente depois da sessão da Comissão de Ética do Senado, ontem, que absolveu o imperdor da terra dos marimbondos de fogo José Sarney. Ninguém mais se entende, pois não usam mais a mesma linguagem. Virou samba do crioulo doido, uma Babel.
Hoje, o senador Flavio Arns (PT-PR) reagiu às críticas do ex-ministro José Dirceu - aquele que tinha como assessor Waldomiro Diniz, flagrado pegando propina para o PT - sobre a sua decisão de deixar o PT. Arns disse que o ex-ministro da Casa Civil mantém como referências em sua vida política a "falta de critério ético e transparência" e por isso dispara críticas despropositadas.
"O ex-ministro está em descompasso com o que pensa a sociedade. Senadores do PT estão solidários comigo. O líder Aloizio Mercadante (PT-SP) disse estar solidário comigo pelas mesmas razões. A militância do PT acha isso. O que a cúpula do partido pensa não é o que nós pensamos", disse Arns.
Em seu blog na internet, Dirceu afirmou que o senador tem um "comportamento patético", uma vez que não disse estar envergonhado da decisão do Conselho de Ética arquivar representação contra o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), mas disse ter vergonha do colegiado arquivar todas as denúncias contra o senador José Sarney (PMDB/AP).
O deputado José Genoino (PT/SP) também criticou o senador Flávio Arns em reação às declarações do parlamentar, que anunciou que se desfiliará do PT porque o partido "jogou a ética no lixo", ao votar pela absolvição do presidente do Senado. "Ele saiu do PSDB, se elegeu senador por causa do PT e agora se promove atacando o partido. Ele aproveitou a onda Lula e usa o PT para se projetar", afirmou Genoino.
O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), repetiu a mesma cantilena. Mas fez mais: por telefone, afirmou a Mercadante, hoje, que seria um "erro" deixar a legenda neste momento.
Fonte: Diário on line e redação do blog
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