quinta-feira, 20 de agosto de 2009

AMOT: VAGA NO COEMA É UMA CONQUISTA DA INTELIGÊNCIA

Dois dias depois da escolha das entidades que vão representar as ONG's ambientalistas no Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) nos próximos dois anos é que se sabe o quanto foi difícil à Associação dos Mineradores de Ouro do Tapajós (Amot) conseguir uma vaga naquele órgão vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

A força do dinheiro que financia a maioria das ONG's chapa branca indicava que a eleição seria um jogo de cartas marcadas. A Amot, assim, estaria fora do jogo, seja porque não é chapa branca, seja porque não tem dinheiro de qualquer origem. Tem, sim, uma história farta de episódios vitoriosos na luta em favor dos garimpeiros e mineradores do Tapajós.

Enquanto as demais candidatas se apresentavam exibindo seus portfolios de parcerias com ONG's nacionais e internacionais, geralmente sustentadas por polpudo$ convênios, os dirigentes da Amot agiu com inteligência.

Vaidosos, os representantes de algumas candidatas falaram mais de si próprios do que das entidades que dirigem. Ivo Lubrinna e Jósé Waterloo Leal, dirigentes da Amot, relataram a história da entidade, as dificuldades da luta em defesa de milhares de homens e mulhares que produzem parte quase majoritária da riqueza da região sudoeste do Pará, a discriminação que pesa sobre eles, o esforço pedagógico da entidade na educação ambiental, demonstraram o compromisso que tem a Amot com o desenvolvimento sustentável...

Como todo bom mineiro, astuto e inteligente nos argumentos, sedutor no convencimento, mas firme quando precisa usar o vozeirão que a natureza lhe deu, Ivo se superou e conseguiu aquilo que era impossível até a véspera da eleição: a Amot tem assento no Coema. Quem disse que não se faz boa política sem dinheiro? Ivo provou que isso é possível, sim!

Parabéns à Amot! Parabéns ao Ivo e ao Leal, que capitanearam essa conquista!

Esta, no entanto, é apenas mais uma etapa na história vitoriosa da Amot.

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