É o que devem estar sentido todos os brasileiros depois que o Partido dos Trabalhadores (PT), através de seus senadores, ajudou a absolver o presidente da Casa, José Sarney (PMDB/AP), em sessão, hoje, da Comissão de Ética. Ele era acusado de uma relação extensa de crimes contra o patrimônio público e a ética parlamentar, que faria ruborar o traficante Fernandinho Beira Mar.
Foi tamanha a ofensa que o senador petista Flávio Arns (SP) anunciou, ainda durante a sessão, que deixará o partido.
“Me envergonha estar no Partido dos Trabalhadores com o comportamento que está tendo. Achava que as bandeiras eram para valer e não para mudar por causa da eleição”, disse Arns.
Como o senador paulista, milhares de militantes petistas devem estar experimentando esse sabor amargo e desconfortante de ver o partido envergonhar à sua história.
Após o discurso, o senador disse aos jornalistas que deixará o partido. Ele pretende argumentar na justiça eleitoral que o partido mudou seu programa. Um dos fatos que justificaria seria o apoio a Sarney. Se o pedido for aceito, ele poderá trocar de partido sem o risco de perder o mandato.
A também petista Marina Silva não esperou mais essa vergonha nacional e anunciou sua saída do PT, também hoje. Ela iniciou negociações para se filiar ao Partido Verde (PV). É possível que seja candidata do partido à Presidência da República.
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