No Blog Espaco Aberto de hoje, com o título acima:
O Procampo, o ProJovem, a Casa da Juventude e o Programa de Regularização Fundiária viraram, podem acreditar e apostar, moeda de troca nesta, digamos, rearrumação do secretariado do governo Ana Júlia Carepa.
Explique-se.
Todos os quatro programas mencionados estiveram, nos últimos tempos, ferrenhamente vinculados, ligados, argolados à Casa Civil, desde que pra lá, é claro, foi deslocado o dr. Cláudio Puty.
E sempre houve muita curiosidade para se saber, afinal, por que motivo um programa como o ProJovem estava estreitamente enlaçado com a Casa Civil, se na estrutura do governo existe uma Secretaria de Educação.
Também nunca ninguém entendeu ao certo qual a razão de um programa como o de Regularização Fundiária subordinar-se igualmente ao Gabinete Civil.
Com o andar da carruagem, as perguntas que não queriam calar começaram a ser respondidas naturalmente. E com fatos.
E os fatos demonstraram que a vinculação desses programas contemplavam, primordialmente, o propósito – nos últimos meses cada vez mais maldisfarçado – de dar substância à pré-candidatura de Puty a deputado federal pela Democracia Socialista (DS).
Pois é.
Agora, de saída da Casa Civil, Puty propôs à governadora Ana Júlia, em conversas que ambos tiveram nos últimos dias, deslocar o Procampo, o ProJovem e a Casa da Juventude para o âmbito da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Sedes), comandada por Sua Excelência a dra. Eutália Rodrigues.
Por que a Sedes?
Porque a dra. Eutália é indicação direta de Puty.
E o Programa de Regularização Fundiária? Seria deslocado para a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof).
Qual a moral dessa história?
É que não há e nunca houve critérios técnicos a justificar que a Casa Civil fosse a responsável pelos quatro programas.
Os critérios podem ter sido outros.
Mas técnicos, nunca.
Nunquinha.
Ah, sim.
É possível, é bem possível, que a proposta apresentada pelo secretário não vingue, muito embora Ana Júlia já tenha dado o seu aval – ou quase isso – para que se concretizasse.
Mas que a proposta foi feita, não tenham a menor dúvida.
Foi feita mesmo.
Vamos ver se vai ser concretizada.
Fonte: http://blogdoespacoaberto.blogspot.com/2010/02/programas-podem-sair-da-casa-civil.html
PS: E tudo, tudinho, funciona em um muito bem estruturado imóvel, na Rua de Breves, no bairro da Cidade Velha, para onde são convidados e seduzidos líderes comunitários e sindicais de todos os matizes, sem distinção de sexo, cor, religião, ideologia ou partido político. É o bunker da candidatura do homem.
Quem já esteve lá garante que tudo funciona como se fosse um órgão do governo do Estado, mas é, de fato, o escritório político de Cláudio Puty. Ou seja, parece Denorex: "parece remédio, mas não é!". Mas certamente que o dinheiro que corre lá é.
É aparelhamento puro e simples de programas e recursos do Estado em prol de um projeto eleitoral que já nasce imoral.
Uma "visita" do MP lá encontraria muita coisa "interessante".
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