Depois de oferecer pólvora suficiente para explodir a economia do Pará, juntamente com um monte de ecoloucos, o governo do Pará bem que tentou, mas não conseguiu fazer com que o Ministério Público Federal do estado suspendesse por 60 dias as recomendações para que supermercados parem de comprar carne proveniente de área desmatada.
Os procuradores federais do Pará descartam qualquer afrouxamento à lei. Em nota, o órgão reafirmou que "a recomendação continua valendo. Nenhuma empresa notificada pelo MPF pode comprar gado criado às custas de ilícito ambiental" na região.
As grandes redes de supermercados são, segundo o MPF do Pará, os maiores clientes dos frigoríficos do estado. A lista toda do MPF tem 69 empresas de varejo e distribuidores, que compraram, entre 2006 e 2008, um total de R$ 405,4 milhões desses frigoríficos. Entre os supermercados, estão Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar, que, na última semana, anunciaram a decisão de suspender a compra de carne de 11 frigoríficos do Pará.
Procuradas pelo GLOBO, as redes não se pronunciaram sobre o assunto. Já os sindicatos de trabalhadores e de empresários do setor, se ouvidos pela imprensa, falariam de prejuízos, dívidas, demissões, fuga de capitais, falência de negócios. Em outras palavras, caos instalado na pecuária do Pará, o mesmo que fizeram com o setor madeireiro e a parte pequena dos mineradores do estado.
Mas as consequências nocivas não param por aí. O Pará também perde receita, arrecada menos e deixa de dispor de recursos para obras de investimento.
Pobre Pará, que está longe de ser uma terra de direitos e muito menos um estado onde o governo cuide das pessoas!
Fonte: O Globo e redação do blog
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