Depois de satanizar empresários dos setores madeireiro e pecuário do Estado, o governo cuja “maior obra é cuidar das pessoas” se deu conta da burrada e agora corre a se apresentar como mediador em um acordo entre o Ministério Público Federal (MPF) e os frigoríficos acusados de abater boi criado em área de desmatamento ilegal.
Já são quase trinta meses de intimidação e repressão de órgãos do Estado, principalmente a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), sufocando atividades produtivas que geram divisas na ordem de R$9 bilhões/ano ao Estado, além de milhares de empregos.
A ação conjunta com organizações não-governamentais (ONG’s) do Primeiro Mundo ou por estas financiadas gerou relatórios absurdos, números inflados ou simplesmente fictícios e diagnósticos estapafúrdios. A descrição do inferno feita por Dante em sua Divina Comédia é fichinha diante da desgraceira contida em relatórios das ONG’s. Tudo absorvido e corroborado, quase que ipisi literis, pelo Governo Popular.
O fim dos licenciamentos ambientais às atividades produtivas madeireiras, pecuárias e minerárias foi a primeira e a mais letal das ações deliberadas pelo governo do Estado contra o setor produtivo. E agora, depois que o leite foi tirado da boca das crianças e as pérolas jogadas aos porcos, o algoz se propõe a ser médico.
Ainda que o MPF aceite fazer um termo de ajustamento de conduta (TAC) com os frigoríficos – o que parece pouco provável, tamanho o grau de beligerância criado contra o setor produtivo – o estrago já causou a perda de muitos empregos.
E o governo, que abandonou o sonho de transformar o Estado em “Uma Terra de Direitos” e que adotou como sua maior obra “cuidar das pessoas”, terá criado mais uma obra real e trágica, fonte de mais notícias ruins do Pará: retração econômica, fuga de investimentos, desemprego, aumento da miséria e, por conseqüência, da criminalidade e da violência.
Recorrer a quem?
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