O jornal francês Le Monde, um dos mais importantes do mundo, foi oficialmente posto à venda, ontem, em Paris. O anúncio foi feito em editorial de capa pelo diretor-executivo da publicação, Eric Fottorino, e confirma a perspectiva aberta em janeiro de 2008, quando do agravamento da crise do maior diário da França.
Os futuros proprietários, que deverão injetar entre 80 milhões e 100 milhões de euros em troca do controle acionário, terão de assinar um termo de compromisso garantindo a total independência editorial do periódico de centro-esquerda.
A troca de mãos do Le Monde é, desde já, o maior movimento em curso no mercado editorial da Europa, e está mobilizando investidores da própria França, mas também da Itália, da Espanha e da Suíça. As ofertas deverão ser concretizadas até 14 de junho pelo conjunto do grupo Le Monde, integrado também pelo site lemonde.fr, o portal informativo mais frequentado do país, o jornal Le Monde Diplomatique, as revistas Courrier International, Télérama e La Vie e a gráfica da companhia, além de seus imóveis.
A perspectiva é de que, até 30 de junho, o selecionado para liderar o processo de recapitalização do grupo seja conhecido.
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