Poderia, hoje, o Fernando fazer a prova do concurso da Funtelpa pelo Francisco? Claro que poderia. O evento foi propício à fraude, fraude por causa de controle e fiscalização.
Fiz a prova para o cargo de jornalista. A prova foi na Escola Estadual Souza Franco, na Avenida Almirante Barroso, bairro do Marco, em Belém. Nenhum documento pessoal de identificação foi exigido dos candidatos, nem na entrada do prédio da escola, nem no interior das salas. Apenas uma lista de presença nos foi apresentada para assinar. Na entrada do colégio e de cada uma das salas havia listas com os nomes dos candidatos, mas nada de fiscal que pudesse confirmar se eu, José Maria, era eu mesmo. Eu poderia não ter ido fazer a prova, poderia ter mandado alguém fazê-la em meu nome, e ninguém ou nenhum controle havia para impedir que isso acontecesse.
É possível que tenha ocorrido fraude? É possível, sim. E impressiona o quanto esses concursos convocados pelo atual governo foram marcados por irregularidades, por suspeita de fraudes.
Já participei de outros concursos. A regra é que os candidatos se identifiquem, que apresentem documentos de identificação com fotografia, que ficam retidos com o fiscal e somente devolvidos ao final da prova. Por que esse procedimento básico não aconteceu nas provas de hoje do concurso da Funtelpa? Foi um evento de faz de cota? Um concurso de araque?
Estranho, muito estranho. Bem que o Ministério Público poderia investigar.
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