O engenheiro civil Roberto Medeiros, de Monte Alegre, é um dos milhares de candidatos indignados com o Instituto Cetro, responsável pela esculhambação que foi a realização das provas do concurso para o Incra, no início deste mês. Ele fez a prova em Santarém. A esculhambação foi geral em todos os locais de provas,em Belém, Marabá e Santarém. Os casos variaram de fraude a desorganização geral do concurso: envelopes de provas violados e cartões de prova com identificação incorreta de cargos, entre outros.
"As provas não foram realizadas unicamente por falta de preparo e/ou experiência do Instituto", denuncia o engenheiro. "Mas uma vez o Pará foi penalizado, e teremos só profissionais "estrangeiros" usufruindo dos nossos melhores locais de trabalho", revolta-se.
Ele entrou com recurso junto ao Cetro, que, cinicamente, respondeu: "O Instituto Cetro propiciou os instrumentos necessários para a devida realização das provas previstas no concurso, garantindo aos candidatos a possibilidade de sua perfeita execução. Portanto, sendo certo que aos candidatos que efetivamente dispostos a realização das provas foi dada possibilidade de fazê-las, resta garantida a validade e lisura do concurso".
"E agora, que providências devo tomar???", indaga o revoltado engenheiro.
O Ministério Público Federal, Roberto!
Domingo passado, aqui em Belém, houve as provas do concurso da Funtelpa. A esculhambação foi só um pouco diferente, mas igualmente grave: provas cheias de pegadinhas, falta de rigor na fiscalização - não se exigiu dos candidatos, por exemplo, no início das provas, qualquer documento de identificação com fotografia, o que tornou possível que qualquer outra pessoa fizesse a prova no lugar de candidato inscrito. Isso é fraude! O cheiro de maracutaia estava no ar.
"Nunca antes na história deste país" e também na história do Pará se viu tanta malandragem!
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