Em depoimento à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional, o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa confirmou ter recebido um convite da coordenação da campanha de Dilma Rousseff para espionar o candidato tucano à Presidência, José Serra. A proposta teria sido feita pelo jornalista Luiz Lanzetta, responsável pela parte de comunicação do comitê petista, conforme noticiado por VEJA há duas semanas.
O ex-delegado afirmou também que documentou o encontro, do qual participaram o jornalista Amaury Ribeiro Júnior e o empresário Benedito de Oliveira Neto, inclusive com fotos. Há imagens dos integrantes do comitê entrando e saindo do restaurante onde ocorreu a reunião para criar o grupo de espionagem. Perguntado pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR) se teria gravado a conversa, Onézimo insinuou que sim: "Como profissional cauteloso eu pergunto: o que o senhor faria?". Em outro momento, afirmou: "Eu tenho a verdade". O delegado tem guardadas várias fotografias que comprovam o encontro dos espiões.
Onézimo Souza confirmou que receberia 1,6 milhão de reais pelo serviço, que incluiria espionar o deputado tucano Marcelo Itagiba (RJ) e integrantes do próprio PT, ligados ao grupo do vice-presidente da legenda Rui Falcão. O contato com Luiz Lanzetta, segundo o ex-delegado, foi feito pelo ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Martins de Araújo, em nome do ex-prefeito de Belo Horizonte e coordenador da campanha de Dilma, Fernando Pimentel. Entretanto, Onézimo afirmou que em nenhum momento teve contato com Pimentel.
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