Pacientes cujas roupas ficam sujas de sangue durante dias, fossas sépticas com tampas quebradas, banheiros sem ventilação, sujeira por todo lado, superlotação, falta de lençóis e de papel higiênico, macas quebradas, instalações elétricas precárias e ao alcance de crianças e até o armazenamento de urina em garrafas pet guardadas no mesmo ambiente em que pacientes estão internados.
Esse quadro caótico é a situação atual do Hospital Municipal de Altamira, no Pará. O estado do prédio é tão precário que partes da estrutura caíram e machucaram um interno.
As informações foram levantadas pelo Ministério Público Federal (MPF), em vistoria feita por uma equipe da instituição, no final de janeiro. A inspeção foi realizada para verificar se as recomendações que a procuradora da República Daniela Caselani Sitta encaminhou à prefeitura, em outubro de 2009, haviam sido cumpridas. “Além de não ter reestruturado o hospital, a prefeitura simplesmente ignorou as recomendações do MPF”, critica a procuradora. “É um ato de negligência com a saúde da população e com a instituição que fiscaliza o cumprimento das leis”.
Entre as medidas recomendadas pelo MPF à prefeitura em 2009 estavam a realização de procedimentos adequados de limpeza dos ambientes e desinfecção de objetos, de reparos e reformas nas instalações, reparos ou substituição de equipamentos danificados e aquisição de leitos para o setor de emergência.
Fonte: Ascom/MPF
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