Os igarapés da cidade de Altamira, hoje inundáveis no período das chuvas e enchentes, serão drenados, famílias que moram em condições insalubres e perigosas, remanejadas ...
... e suas áreas do entorno urbanizados e transformadas em áreas de proteção ambiental. Exatamente o contrário do que afirmam os catastrofistas.
Eu lembro, e lembro muito bem, porque eu era um dos reproduziam a mensagem alarmista, sem fundamento científico nenhum, elaborado pelos líderes dos movimentos criados contra a construção da hidrelétrica, de que as águas do rio Pará e das baías do Guajará e Marajó seriam salinizadas pela invasão das águas do oceano Atlântico.
O raciocínio parecia ter lógica: a barragem de Tucuruí iria represar as águas do rio Tocantins, que deixariam de abastecer as duas baías e, consequentemente, as águas do mar invadiriam o espaço deixado por aquelas. Até o Nilson Chaves, ludibriado pela mensagem apocalíptica, embarcou na história e cantou "Toca Tocantins tuas águas para o mar/, os meios não são os fins/, por que vão te matar? Por que te transformar em águas assassinas/ E nelas afogar a vida?...".
Como a ideologização do discurso era mais importante que o conhecimento científico, como o forte fluxo de águas do rio Amazonas, embarcamos na esquizofrenia criada pelos idealizadores do movimento contrário, com manifestações e protestos públicos, passeatas, shows de artistas da terra (Nilson Chaves, inclusive), abaixo-assinados e outras coisas do tipo.
E o que aconteceu? A barragem foi erguida, energia foi gerada, somos hoje abastecidos por ela. E a salinização das águas que banham Belém? Nada disse aconteceu, nossos "cientistas" ficaram desmoralizados e nós, envergonhados pelo papelão que fizemos.
E relembro tudo isso para mostrar o quanto é perigoso e o quanto pode ser enganador o discurso daqueles que, hoje, reprisam o discurso apocalíptico em manifestações contra o projeto de construção da Hidrelétrica de Belo Monte.
Hoje, em Brasília, o bispo da prelazia do Xingu e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Kräutler, afirmou que a cidade de Altamira, localizada na margem esquerda do rio Xingu, corre o risco de desaparecer com a construção da Hidrelétrica de Belo Monte.
Segundo o bispo, os habitantes de Altamira, os índios, a população ribeirinha e o Parque Indígena do Xingu serão prejudicados com a obra. “Eu não acredito que seja possível combinar por um lado a destruição de significativa de parte do Xingu e por outro lado o povo de Altamira e essa hidrelétrica. Eu estou convicto que vai trazer para o próprio Brasil algo que é irreversível e irrecuperável”, afirmou.
Nada de informações minimamente sérias e confiáveis. Apenas alarmismo. Nada mais que isso! Reprise do que fizemos no início da década de 80.
Haverá impactos, sim, e estes estão indicados no EIA/Rima do projeto, muitos dos quais compensados por ações também indicadas no mesmo documento e agora ratificadas no licenciamento prévio emitido pelo Ibama - as "condicionantes" impostas pelo órgão, orçadas em torno de R$ 1,5 bilhão.
Que venha o leilão!
Quem não lembra do discurso catastrofista, no início dos anos 80, quando o governo anunciou a construção da Hidrelétrica de Tucuruí?
Eu lembro, e lembro muito bem, porque eu era um dos reproduziam a mensagem alarmista, sem fundamento científico nenhum, elaborado pelos líderes dos movimentos criados contra a construção da hidrelétrica, de que as águas do rio Pará e das baías do Guajará e Marajó seriam salinizadas pela invasão das águas do oceano Atlântico.
O raciocínio parecia ter lógica: a barragem de Tucuruí iria represar as águas do rio Tocantins, que deixariam de abastecer as duas baías e, consequentemente, as águas do mar invadiriam o espaço deixado por aquelas. Até o Nilson Chaves, ludibriado pela mensagem apocalíptica, embarcou na história e cantou "Toca Tocantins tuas águas para o mar/, os meios não são os fins/, por que vão te matar? Por que te transformar em águas assassinas/ E nelas afogar a vida?...".
Como a ideologização do discurso era mais importante que o conhecimento científico, como o forte fluxo de águas do rio Amazonas, embarcamos na esquizofrenia criada pelos idealizadores do movimento contrário, com manifestações e protestos públicos, passeatas, shows de artistas da terra (Nilson Chaves, inclusive), abaixo-assinados e outras coisas do tipo.
E o que aconteceu? A barragem foi erguida, energia foi gerada, somos hoje abastecidos por ela. E a salinização das águas que banham Belém? Nada disse aconteceu, nossos "cientistas" ficaram desmoralizados e nós, envergonhados pelo papelão que fizemos.
E relembro tudo isso para mostrar o quanto é perigoso e o quanto pode ser enganador o discurso daqueles que, hoje, reprisam o discurso apocalíptico em manifestações contra o projeto de construção da Hidrelétrica de Belo Monte.
Hoje, em Brasília, o bispo da prelazia do Xingu e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Kräutler, afirmou que a cidade de Altamira, localizada na margem esquerda do rio Xingu, corre o risco de desaparecer com a construção da Hidrelétrica de Belo Monte.
Segundo o bispo, os habitantes de Altamira, os índios, a população ribeirinha e o Parque Indígena do Xingu serão prejudicados com a obra. “Eu não acredito que seja possível combinar por um lado a destruição de significativa de parte do Xingu e por outro lado o povo de Altamira e essa hidrelétrica. Eu estou convicto que vai trazer para o próprio Brasil algo que é irreversível e irrecuperável”, afirmou.
Nada de informações minimamente sérias e confiáveis. Apenas alarmismo. Nada mais que isso! Reprise do que fizemos no início da década de 80.
Haverá impactos, sim, e estes estão indicados no EIA/Rima do projeto, muitos dos quais compensados por ações também indicadas no mesmo documento e agora ratificadas no licenciamento prévio emitido pelo Ibama - as "condicionantes" impostas pelo órgão, orçadas em torno de R$ 1,5 bilhão.
Que venha o leilão!
Um comentário:
Caro conterrâneo,
Sós para afirmar que haverá, baseado em estudos feitos pela UFPa, com a participação de professores da área ambiental (NUMA e NAEA), sérias implicações na construção desta hidrelétrica. Nada que não seja sanável. Mas resta saber o custo da obra, o alcance socio-economico da mesma, que estão sendo pedidos na LP, através de condicionantes. Pela experiencia que já tenho visto nestas condicionantes, nenhuma será cumprida à risca. Só meia boca.
E, cá pra nós, voce não acharia que o valor devido às condicionantes somado ao preço da obra (9 ou 30 bi?) seria exagerado? Ou será que a obra, sem as condicionantes estaria incompleta?
Tem gato nesta história. Falta colocar os guinzos nos pescoços deles, caro.
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