A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo manifestou, hoje, formalmente ser contra a proposta de emenda à Constituição 231, de 1995, que prevê a redução da jornada semanal de trabalho de 44 horas para 40 horas, e o aumento da hora extra de 50% para 75%.
“Em ano eleitoral, o velho tema volta ao debate, sinalizando claro uso político de algo que, na prática, já é realidade no país com base no livre entendimento entre as empresas e seus colaboradores em diversos setores da economia”, diz o texto da nota distribuída pela Fiesp e assinada também pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
De acordo com a Fiesp, experiências de redução de jornada de trabalho já realizadas mostram que o objetivo do projeto, de aumentar os postos de trabalho, não será alcançado.
“A pretendida medida, além de não criar emprego, comprometeria a competitividade brasileira, poderia reduzir os níveis de produção, as exportações e provocar o aumento de preços em numerosos produtos, bens de consumo e serviços. E nada, como tais indicadores, conspira tanto contra a criação de postos de trabalho!”, diz a nota.
Mas o tema está longe de alcançar o consenso. "Com a redução das horas, está provado que a produtividade aumenta e possibilita que o trabalhador possa se qualificar e, principalmente, passar mais tempo com a família", afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Pará e da Força Sindical no Estado, Ivo Borges.
As centrais sindicais e suas entidades afiliadas estão mobilizadas pel aprovação da PEC 231. "Queremos 40 horas semanais para passar mais tempo com nossas famílias, ajudar nossos filhos nas lições de casa, viver mais a nossa própria vida e gastar um tempinho com a gente na própria requalificação profissional", afirmou Súlivan Santa Brígida, presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores Metalúrgicos do Norte (Fitimn).
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