A falta de investimentos no setor de alumínio no Brasil deve levar o País a se tornar um importador do metal a partir de 2016, segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal). Em entrevista exclusiva à Agência Estado, o presidente da entidade, Adjarma Azevedo, afirmou que a capacidade produtiva nacional é de 1,66 milhão de toneladas anuais de alumínio desde 1985.
“A falta de investimentos em novas fábricas fará com que o Brasil passe de exportador a importador do insumo”, disse. No ano passado, o setor exportou 750 mil toneladas de alumínio, enquanto o consumo interno somou 1,024 milhão de toneladas. A expectativa do setor é de que a demanda continue a crescer no mercado doméstico, atingindo 1,6 milhão de toneladas, nível máximo da capacidade de produção.
Para 2020, a entidade prevê consumo interno de 2,072 milhões de toneladas. “A falta de matéria-prima deve levar cerca de 300 empresas a buscar as importações”, afirmou. O principal entrave a novos investimentos em alumínio no País, segundo Azevedo, é o custo da energia, que representa 30% dos custos totais de produção do metal.
De acordo com um estudo realizado pelo setor em 2007, a energia para a indústria de alumínio custava US$ 26,9/MWh na média mundial, enquanto o Brasil era de US$ 37/MWh. Segundo ele, os custos subiram desde então porque o preço da energia aumentou em todo o mundo, e ainda mais no Brasil.
Fonte: Do Portal Mining.com, publicado no blog do Jubal, hoje.
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