Compensado de miriti, tecnologia tipicamente paraense, será usado em estande do Pará na Rio+20
O compensado de miriti, uma tecnologia desenvolvida há seis anos por um artesão paraense com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), será o principal material utilizado na estruturação do espaço reservado ao Pará no estande Amazônia, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontecerá no Rio de Janeiro de 13 a 22 de junho.
O mobiliário, feito a partir da fibra do buritizeiro, é uma alternativa ecológica ao compensado tradicional, de madeira, além de representar um dos artesanatos mais tradicionais do Pará.
“Como empreendedor social, quis criar uma solução sustentável que conjugasse funcionalidade e aproveitamento de uma matéria-prima regional, cuja extração não demandasse desmatamento ou qualquer outro dano ambiental. O miriti é obtido naturalmente, com o manejo das árvores”, explica o artesão Joel Silva, de Abaetetuba, no nordeste do Estado, atendido pelo escritório local da Emater há mais de 20 anos.
De acordo com Silva, o compensado de miriti tem a mesma durabilidade, aparência mais rústica, manipulação e corte mais fáceis e textura mais porosa e macia do que o de madeira. Um dos diferenciais, ainda, é a capacidade de manutenção térmica e isolamento acústico. No mais, a composição, por se valer de bases recicladas, tem potencial para se tornar significativamente mais barata, desde que haja investimento em maquinário. “Porque, hoje em dia, 80% dos meus custos são com mão-de-obra”, diz Silva.
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