Sentindo-se ameaçado, o juiz federal que mandou prender Cachoeira abandonou as investigações e anunciou que vai embora do País
Integrantes da CPI do Cachoeira começaram a se mobilizar, nesta terça-feira, para levar ao colegiado o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que pediu afastamento das investigações envolvendo a operação Monte Carlo após ter recebido “ameaças veladas”. Um requerimento para que o magistrado possa ser ouvido na CPI está pronto para ser protocolado na comissão de inquérito.
“Se ele quiser colaborar com a CPI, estamos dispostos a ouvi-lo”, disse o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). De acordo com o parlamentar, os esclarecimentos do juiz poderiam levar à identificação dos responsáveis pela coação.
“Precisamos identificar quem fez as ameaças. O magistrado precisa colaborar com o país a identificar essas pressões para que possamos agir”, afirmou.
Em plenário, senadores também fizeram uma espécie de desagravo a Moreira Lima. No último dia 13, o então responsável pela Monte Carlo encaminhou ofício ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região alegando não ter mais condições para investigar um esquema de contravenção coordenado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira.
“Minha família, em sua própria residência, foi procurada por policiais que gostariam de conversar a respeito do processo atinente à Operação Monte Carlo, em nítida ameaça velada”, explicou Moreira Lima no ofício enviado à justiça.
O TRF 1ª Região informou que Moreira Alves será substituído pelo juiz Leão Aparecido Alves.
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