A crise econômica mundial que assombra o sucesso da Rio+20, que começa nesta quarta-feira, não é empecilho para a busca de soluções de médio e longo prazo, de acordo com os ministros Antônio Patriota, das Relações Exteriores, e Izabella Teixeira, do Meio Ambiente. Ambos participaram, na noite desta terça-feira, da última reunião do Comitê Organizador da conferência. Na quarta-feira, às 10h, tem início o Comitê Preparatório, que vai reunir todos os delegados presentes de todos os países para a última rodada de negociações em torno do documento a ser apresentado na cúpula de chefes de estado, que ocorre a partir do dia 20.
Patriota aproveitou para fazer uma comparação entre a conjuntura de 1992, quando os líderes se reuniram no Rio pela primeira vez para tratar do desenvolvimento sustentável. "Há 20 anos, uma crise econômica afetava
sobretudo os países em desenvolvimento. Hoje em dia, o que antes era considerado periferia está trazendo respostas para a conciliação de desenvolvimento econômico, social e ambiental", afirmou.
Segundo o embaixador, a Rio+20 pode significar o crescimento do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) no cenário internacional. "O dinamismo da economia mundial hoje se concentra nos emergentes, nos chamados Brics. É uma dimensão interessante ter aqui o fato de que, de certa forma, a periferia virou centro", disse.
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