Funcionários da empresa Biopalma, controlada pela Vale, foram feitos reféns por 15 índios da etnia tembé, em Tomé-Açu (a 208 km de Belém, no Nordeste do Pará), durante esta quinta-feira (17).
De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), foram feitos 16 reféns, mas eles foram liberados no final da tarde.
A Funai diz que agora os índios mantêm retidos cerca de dez veículos da empresa. Um funcionário do órgão foi enviado, nesta quinta-feira, ao local para negociar.
Ainda não há detalhes sobre as reivindicações dos índios tembé. Uma das reclamações é sobre possíveis impactos ambientais causados pela Biopalma.
Os índios vivem na terra indígena Turé-Mariquita, no município de Tomé-Açu.
A Biopalma planta dendê (também conhecido como palma de óleo) na região, com o interesse de usar o óleo de palma para biodiesel.
A Biopalma afirmou, por meio de nota, que mantém diálogo com os índios tembé.
"Sobre questões levantadas relativas à poluição por agrotóxicos, a empresa informa que vem monitorando desde dezembro do ano passado, com laudos em laboratórios credenciados e independentes, o igarapé [pequeno rio] nessas áreas. Os resultados não indicam qualquer alteração na qualidade da água", diz a nota.
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