Do total de 59 universidades federais do Brasil, mais da metade iniciou greve por tempo indeterminado, a partir desta quinta-feira. Segundo a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), professores de 33 instituições de educação (31 universidades e dois institutos) declararam oficialmente a paralisação das atividades. A previsão é de que mais universidades entrem em greve na semana que vem.
Entre as reivindicações, estão a reestruturação da carreira da categoria e as condições precárias de trabalho, atribuídas à falta de estrutura nas universidades.
No Brasil, são 64 seções sindicais de 59 universidades federais ligadas ao Andes.
De acordo com Aloisio Porto, do Comando de Greve da Andes, o atual plano de carreiras não permite um crescimento satisfatório do professor ao longo da carreira. "Hoje para chegar no teto da carreira ele levaria quase 30 anos".
De acordo com o dirigente sindical, foram feitas mais de dez reuniões com o Ministério do Planejamento para revisão dos planos, mas não houve avanço na negociação. Assembleias marcadas para amanhã e para o início da próxima semana devem confirmar a adesão de professores de outras instituições à paralisação, segundo Porto.
O Ministério da Educação (MEC) informou, por meio de nota, que "reafirma sua confiança no diálogo e no zelo pelo regime de normalidade das atividades dos campus universitários federais".
O governo ressalta que o aumento de 4% negociado no ano passado com os sindicatos já está garantido por medida provisória assinada no dia 11 de maio. O aumento será retroativo a março, conforme previsto no acordo firmado com as entidades.
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