Roberto Gurgel: "É compreensível que algumas pessoas ligadas a mensaleiros tenham essa postura de querer atacar o procurador-geral"
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, rebateu, nesta quarta-feira, críticas por não ter pedido abertura de inquérito para investigar as relações do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Segundo o procurador, as críticas foram feitas por "pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão".
Sem citar nomes, Gurgel disse que é compreensível que pessoas "ligadas a mensaleiros" queiram atacá-lo e também atacar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que serão responsáveis por julgar o caso do mensalão.
"É compreensível que algumas pessoas ligadas a mensaleiros tenham essa postura de querer atacar o procurador-geral - e até atacar ministros do Supremo - com aquela afirmação falsa de que eu estaria investigando quatro ministros do Supremo Tribunal Federal", disse o procurador.
Segundo ele, os ataques sofridos seriam uma "tentativa de imobilizar o procurador-geral da República para que ele não possa atuar como se deve, seja no caso que envolve o senador Demóstenes e todos os seus desdobramentos, seja preparando-se para o julgamento do mensalão, caso que, repito, classifiquei nas alegações finais, como talvez o mais grave atentado à democracia brasileira".
Gurgel também disse que os mentores das críticas são, "se não réus, protetores de réus", além de pessoas que já foram alvos do Ministério Público e que agora querem retaliar.
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