Marco Aurélio Castrillón: “A iniciativa da OAB é uma atitude de cidadania. Não podemos ficar impassíveis diante de um estrago tão grave em um patrimônio público que é muito importante para Monte Alegre e que custou tão caro"
A Subseção de Monte Alegre da Ordem dos Advogados do Brasil é a primeira entidade da sociedade civil de Monte Alegre a sair em defesa da rodovia PA-255, reagindo contra o estado de abandono em que ela se encontra.
Ontem, no início da noite, o presidente da entidade, o advogado Marco Aurélio Castrillón Neto, protocolou ofício junto ao Legislativo Municipal solicitando que os vereadores locais cobrem do Governo do Estado “providências urgentes no sentido de recuperar os trechos danificados da Rodovia PA-255”. Com 86 quilômetros de extensão, a PA-255 faz a conexão entre a cidade de Monte Alegre e o porto de Santana do Tapará, em Santarém, no Baixo-Amazonas.
O presidente da representação local da OAB-PA se referiu à grave e progressiva deterioração do asfaltamento daquela rodovia estadual, apenas oito meses após ser inaugurada e entregue à população. Aquela estrada foi totalmente asfaltada, sinalizada e inaugurada, em julho do ano passado, com a presença do governador Simão Jatene, atendendo a um clamor de longos anos da população dos municípios da margem esquerda do rio Amazonas. A obra custou fabulosos R$ 125 milhões.
No documento endereçado à presidência da Câmara Municipal de Monte Alegre, Marco Aurélio Castrillón fala dos riscos que representam os danos até agora já identificados no asfaltamento da rodovia. Os problemas – infiltração de água no solo, esfarelamento do asfalto, formação de buracos no leito e afundamento do leito – sugerem que não houve a compactação adequada do material aplicado na formação da base do leito da rodovia.
Castrillón alerta para o risco de interdição da rodovia, por conta do agravamento dos danos atuais, se nada for feito para restaurar a pavimentação da estrada. Os principais danos estão localizados no trecho entre a vila da Colônia Agrícola Nacional do Pará (Canp) e a ponte sobre o rio Cauçu, de responsabilidade da empresa ETEC Engenharia.
“Os moradores das Regiões do Maripá e Lago Grande seriam enormemente prejudicados, pois não teriam como trazer a produção agrícola comunidades daquelas regiões para a cidade de Monte Alegre, e ainda, o transporte escolar ficaria impedido de funcionar, a merenda escolar não chegaria às escolas”, relatou o presidente local da OAB-PA.
Hoje, em contato com o blog, Marco Aurélio explicou a decisão da entidade: “A iniciativa da OAB é uma atitude de cidadania. Não podemos ficar impassíveis diante de um estrago tão grave em um patrimônio público que é muito importante para Monte Alegre e esta região e que custou tão caro. Nossa expectativa é que outras entidades e cidadãos fortaleçam esse movimento em defesa da PA-255".
Ontem, a presidente da Câmara Municipal de Monte Alegre, vereadora Franceane Jardina de Vasconcelos (PMDB), informou ao blog que uma audiência pública será realizada pelo Legislativo, no dia 11 de abril, para discutir o assunto.
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