CENA URBANA
Dia desses, quando ia ao trabalho, vi se repetir uma cena já se tornou comum nos ônibus de Belém, mas não apenas aqui: uma pessoa idosa, na área entre o cobrador e o motorista, reservada à gratuidade, fez toda a viagem em pé, do bairro até o centro da cidade, sem que alguém lhe oferecesse o assento. Três jovens e outras quatro pessoas adultas ocupavam os bancos, mas não tiveram a delicadeza de dar-lhe a vaga.
Eu, que estava na outra área do coletivo, pedi a ela que passasse a catraca e se sentasse no meu lugar, mas ela afirmou que não tinha o passe eletrônico, nem dinheiro. Paguei, então, a passagem dela, ao invés de pedir que algum dos ocupantes dos assentos destinados à gratuidade se levantasse.
Acho que fiz a coisa errada, mas preferi agir assim para evitar o mau humor e um possível conflito com algum deles - outra cena muito comuns nos coletivos de Belém. Mas só nos daqui?
PALAVRINHAS MÁGICAS
O fato me fez relembrar a minha mãe, dona Dulce, que sempre nos ensinou, a mim e aos meus irmãos, quatro palavrinhas mágicas, essenciais nas relações de civilidade e urbanidade do cotidiano: "com licença", "por favor", "obrigado", "desculpe-me", além de outros gestos de boa educação.
O mundo não seria bem melhor se todos fizéssemos isso?
Um comentário:
É, Piteira, não se fazem mais donas Dulces para educar cavalheiros como antigamente. Certamente o mundo seria mesmo bem melhor caso tua atitude se repetisse, apesar de não ser a conduta ideal - certo mesmo seria as pessoas desocuparem os assentos que, por lei, são destinados a essas pessoas.
Realmente essa cena é muito comum nos coletivos de Belém, e estou certa de que no resto do mundo também.
Tenho consciência do enorme valor da educação que me foi dada, e as tais "palavrinhas mágicas", apesar do desuso cada vez maior, ainda abrem muitas portas. Abraço!
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