sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

SINDICATO SE REÚNE COM A DIREÇÃO DA ITACIMPASA, HOJE

Apesar do quadro grave, os sindicalistas esperam notícias de esperança, especialmente a garantia do emprego e manutenção da fábrica

Está cercada de enorme expectativa a reunião que a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Itaituba (Sticcpemi) fará, hoje (19/01), com a direção da Itacimpasa, em Itaituba, no sudoeste do Pará. A fábrica de cimento está paralisada, há oito dias, por falta de energia e de combustível para seu forno. Ela é uma empresa do Grupo João Santos, com sede em Recife.

A informação é do presidente do Sticcpemi, João Eudes Souza, presidente da entidade e representante local da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e Do Mobiliário dos Estados do Pará e Amapá.

Segundo o dirigente sindical, a agenda inicialmente trataria de pauta relativa à campanha salarial da categoria, em reunião solicitada pela entidade. Mas, com a paralisação da fábrica, a prioridade passa a ser a garantia de emprego dos trabalhadores. Segundo João Eudes, desde o início da paralisação das atividades da fábrica, praticamente todos os empregados estão em licença remunerada.

"Dos 430 trabalhadores, apenas quinze deles, ligados ao escritório e à segurança, seguem trabalhando", disse. Entre os trabalhadores, é grande o temor pelo fechamento da empresa e demissão de todos.

João Eudes afirmou ao Blog do Piteira, por telefone, que não tem informações seguras sobre a situação real da Itacimpasa; que somente hoje, com a reunião, é que espera obter as informações concretas sobre a crise na empresa.

A dívida da Itacimpasa com o governo do Pará seria de quase R$ 80 milhões; com a concessionária de energia elétrica Celpa Equatorial, mais de R$ 2 milhões. A empresa também não estaria repassando os valores relativos à Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem). A crise financeira não seria apenas da Itacimpasa, mas do Grupo João Santos, causada pela acirrada disputa entre os herdeiros do criador do grupo empresarial. 

Outra fábrica do Grupo João Santos, localizada em Manaus, também paralisou suas atividades, na segunda-feira passada.

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