De 2012 a 2016, segundo o Ministério da Saúde, foram 35 casos, além de dezenas de tentativas de suicídio (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)
São três túmulos à flor do chão, em meio à área de mata que abriga o modesto cemitério local. Gravados à mão nas lápides improvisadas estão os nomes de três filhos de Waritaxi Iwyraru Karajá, 56.
Morador de Santa Isabel do Morro, a maior aldeia da etnia carajá na Ilha do Bananal (divisa entre Tocantins e Mato Grosso), ele diz que vem regularmente ao local para pensar nos filhos e tentar entender o que houve.
Os filhos de Waritaxi se suicidaram entre 2012 e 2016. O mais jovem tinha apenas 21 anos. Uma filha, que morreu aos 24, estava grávida de quatro meses. Na fala do pai, uma mistura de luto e perplexidade descreve os momentos que passa ao lado dos túmulos.
"Eu venho aqui e fico pensando, pensando, mas até hoje nunca descobri. Parece até uma doença, algo que vai contaminando as pessoas. Tem muita gente que diz que é feitiço. Às vezes acredito, depois deixo de acreditar."
Para ler mais: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/02/cresce-suicidio-entre-indios-carajas-em-mt.shtml?loggedpaywall
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