CRISE: Está parado o parque industrial da Itacimpasa, distante 28 km da cidade de Itaituba. A crise é financeira, e os trabalhadores estão em férias remuneradas
Notícias que chegam de Itaituba, município localizado no sudoeste do Pará, dão conta de que a concessionária Celpa Equatorial interrompeu o fornecimento de energia elétrica ao parque de produção da Itaituba Indústria de Cimentos do Pará S/A (Itacimpasa), levando a empresa a parar suas atividades. A suspensão aconteceu na quinta-feira passada. A dívida com a Celpa seria de R$ 2 milhões. Sem poder produzir, a empresa deu férias remuneradas aos funcionários da área operacional. Geradores próprios garantem energia para as demais áreas da empresa.
Em crise financeira há mais de ano, a empresa estava utilizando parte de sua produção de cimento para pagar fornecedores. A crise seria uma das consequências de intensa disputa entre herdeiros do patriarca do Grupo João Santos, com sede em Pernambuco, dona da Itacimpasa.
Gozando de isenção fiscal do Município de Itaituba, a empresa cimenteira teria uma dívida de R$ 79 milhões, desde 2011, correspondente ao ICMS, e não recolheria, desde fevereiro de 2017, os valores correspondentes à Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem).
A suspensão na produção de cimento está provocando uma crise no fornecimento do produto e forte elevação no preço da saca de cimento comercializado em Itaituba e outras cidades da região. Lá, de R$ 20,00, o valor já teria sido elevado para R$ 45,00. Em Santarém e arredores, o preço também disparou.
A Itacimpasa é a mesma empresa que iniciou a instalação de seu parque industrial em Monte Alegre, também no Oeste do Pará, nos anos 1980, com o nome de Companhia Agroindustrial de Monte Alegre (Caima). Sem garantia de energia, suspendeu a implantação, mudou-se para Itaituba e trocou de nome. Ela está localizada a 28 quilômetros da sede do município.
Ainda hoje, mais informações.
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