O Pema foi ciado em 2001 e guarda sítios arqueológicos que ajudam a explicar o processo de ocupação humana do continente americano, mas segue sem as obras prometidas, sem fiscalização ou qualquer controle dos visitantes. Esse patrimônio está ameaçado
Os sítios arqueológicos do Parque Estadual Monte Alegre (Pema) atrai milhares de turistas, todos os anos. Pesquisas arqueológicas encontraram lá as marcas mais antigas da presença do homem na Amazônia. A arqueóloga norte-americana Anna Roosevelt, autora do trabalho mais completo sobre esses povos, no anos 1980-90 do século passado, denominou-os de “paleoíndios amazônicos”. Algumas das marcas encontradas pela pesquisadora têm mais de 11 mil anos.
No sábado, 25, os aventureiros da Expedição Maicuru não puseram seus caiaques n’água: eles subiram as serras do Pema em busca dessa herança deixadas pelos primeiros homens da Amazônia. Eles foram à Caverna da Pedra Pintada, na serra do Paytuna, um dos focos principais das pesquisas de Anna Roosevelt, onde ela fez escavações e encontrou uma ponta de flecha de pedra, considerada a peça mais antiga herança deixada pelos paleoíndios. As paredes da caverna são ricamente decoradas com pinturas rupestres.
Eles também visitaram um belo painel de pinturas localizado próximo à caverna da Pedra Pintada, além da Pedra do Pilão e outros mirantes naturais existentes no Pema. Do alto destes, vê-se o rio Amazonas, dezenas de lagos, igarapés, paranás, além da cobertura florestal da região, majoritariamente de cerrado. São locais que impressionam pela beleza cênica e panorâmica, pelo vento forte, pela natureza bem preservada que ainda predomina.
Mas é uma pena que o Pema, uma unidade de conservação estadual criada em 2001, ainda viva efetivamente sem qualquer proteção, aberta ao vandalismo, um desrespeito criminoso a um patrimônio histórico-cultural de valor inestimável. Várias de suas pinturas apresentam danos causados por visitantes, além de pichações em monumentos naturais, como a Pedra do Pilão.
Uma pena!
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