tag:blogger.com,1999:blog-6868594312065294726.post6832208112169932284..comments2023-09-03T06:49:35.212-03:00Comments on Blog do Piteira: O ENCONTRO - I PARTEBlog do Piteirahttp://www.blogger.com/profile/02278898195569230160noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-6868594312065294726.post-32722462338145997902011-01-24T12:10:23.594-03:002011-01-24T12:10:23.594-03:00Íris Amaral comentou:
Prezado Amigo-Irmão,
Parece...Íris Amaral comentou:<br /><br />Prezado Amigo-Irmão,<br />Parece coisa do destino, como nos diz o Océlio. Chegamos a Belém em janeiro e novamente nosso melhor encontro até agora em Janeiro a beira de rio guamá como no princípio. Melhor, porque dele brotou não apenas lembranças, mas idéias que podem se tornar realidade se nos dispusermos a colocá-las em prática, como escrever um livro de memórias sobre nossas experiências individual-coletivas, já que apesar de cada um ter trilhado caminhos diferentes, nossa trajetória tem muito em comum -muito mesmo! - como ficou claro no nosso encontro: desde a origem humilde de cada um, o recrutamento da Igreja Católica, até o envolvimento com a questão política...<br />Mas talvez pelo teor etílico que aumentou gradativamente à medida que nosso encontro foi de desenrolando e se tornando de fato marcante, seja necessário fazer algumas correções nas informações da parte I. Eu, por exemplo, nasci em Juruti/Pa e não em Parintins. Parintins foi apena s uma cidade de passagem para minha família que buscava um lugar melhor para viver e onde os contatos com a Igreja Católica se tornaram vigorosos e marcantes. Foi em Santarém, entretanto, através dos grupos de jovens, que tive minha iniciação (recrutamento) ao Seminário.<br />Precisamos ainda descobrir por onde andam os outros companheiros de Seminário.<br />Aqui vai o contato do Cézar: 8859-0880 / 3278-3076(0)?<br /><br />*Iris Amaral*Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6868594312065294726.post-7603765832776076752011-01-21T22:23:24.570-03:002011-01-21T22:23:24.570-03:00É sabido que todos os presentes ao encontro já der...É sabido que todos os presentes ao encontro já deram mais de 50 voltas na bolinha azul em torno da grande bola de fogo. Isso talvez explique a moderação e o tipo de bebida consumida na ocasião - caipirosca e água. <br /><br />O local aprazível, às margens da baia do Guajará, também contribui para o sucesso da reunião.<br /><br />Tanta era a vontade de falar que um dos participants precisou ser legitimado como moderador das intervenções. O detalhe é que por diversas vezes ele se esqueceu da função.<br /><br />O capítulo do recrutamento foi um elemento novo.<br /><br />Pode-se dizer também que a reunião de amigos se revelou num belo fórum de debates e recordações prazerosas.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6868594312065294726.post-63995974821814702972011-01-21T18:46:30.532-03:002011-01-21T18:46:30.532-03:00Destinos cheios de razões e de emoções.
Olha como...Destinos cheios de razões e de emoções.<br /><br />Olha como é o destino. Ou os destinos. Nossos destinos.<br />Destinos que não imaginávamos em nossas pueris infâncias e adolescências.<br /><br />Destinos que foram sendo cruzados no interior do coração amazônico (cheio de famílias pobres em cidades igualmente pobres).<br /><br />Destinos escritos com histórias incríveis.<br /><br />Lá, nas infâncias e adolesc~encias, destinos reunidos pelas mãos da Igreja Católica que, sob os influxos do Vaticano II (61/62), que rompia com o arcaísmo da Conferência de Medellin (1968) e queria porque queria (porque precisava, para ser historicamente correto) formar clero autóctone.<br /><br />E lá estávamos nós, meninos amazônicos, (“pescados como homens”) para o projeto futuro da Igreja Católica na Amazônia.<br /><br />Seríamos os padres dos novos tempos. Aqueles que não celebrariam missas de costas aos fiéis. Nem rezariam missa em latim. Padres que falassem a lígua do pobre. E que vivessem como tal, franciscanamente, como na origem. Ou pelo menos que a opção fosse real. Concreta. Efetiva. De verdade. Como verdade verdadeira.<br /><br />Então, o destino nos uniu, meus amigos, sob esses influxos: o da reforma da Igreja e da necessidade desta se expandir pela Amazônia (no nosso caso) e como padres amazônidas.<br /> <br />E olha que nem sabíamos disso. Mas o destino é o destino.<br />Escreve sempre de forma curiosa.<br />Eu, de minha parte, confesso isso!<br /><br />O destino nos reuniu e nos colocou frente à frente.<br />Ora no seminário São Pio X (Santarém). Ora no Tiagão eTiaguinho (Santarém). E mais tarde, nas casas de formação superiores em Belém, onde estudávamos Teologia, no IPAR.<br /><br />Aqui, já sob os ventos inovadores da Conferência de Puebla (1979). Então, as coisas começaram a mudar.<br />E os nossos destinos ganharam novas linhas: o movimento político e a atividade pastoral inseridos nas comunidades.<br /><br />Atividades que se misturavam.<br /><br />O vetor era a teologia da libertação. E lá estávamos, nós, nas periferias de Belém (cheias de lamas e de ocupações irregulares, sem vida digna) colocando em prática a opção preferencial pelos pobres. Participando de movimentos estudantis e políticos. A ditadura ainda não havia acabado. Ou nos movimentos de jovens e nas comunidades.<br />Era necessário se inserir no movimento laico como agentes de transformação.<br />E nós, agora jovens idealistas, estávamos lá, escrevendo páginas de nossas vidas.<br />E com uma coisa muita legal. Muito especial: nossos destinos cada vez mais entrelaçados.<br />Agora, não só pela pelos contextos teologais, mas também políticos.<br />Isso mexeu com nossas mentes. E com nossos corações.<br />As mentes (ou razões) queriam um Estado Democrático de Direito. Justo e Igualitário.<br />Os corações eram preenchidos com as paixões e emoções dos sonhos imaginados, mas ainda incertos. Paixões e emoções dantes reprimidas e agora explodindo como um vulcão em chamas.<br />Tudo era desafiante. Como desafiante continua sendo tudo o que fazemos.<br />E de tudo que vivemos, pois confesso que vivi (parodiando Pablo Neruda), se não foi possível a concretização do projeto “padres amazônicos” (com nós, pelo menos), dou uma pausa, por ora, para destacar que ficou um grande legado, entre vários outros.<br />Um legado especialíssimo. Um legado comum: a amizade virtuosa que une fraternalmente até hoje.<br />Piteira, Pepê, Dornélio, Iria, Zé Maria, Sinval, obrigado pelo especial encontro. Obrigado pela amizade.<br />Recebam meu abraço fraternal de paz e bem. <br />Océlio de Jesus MoraisOcelio de Jesus Moraisnoreply@blogger.com